Homenagem para Maysa, texto de Raphael Vidigal
A voz caudalosa de Maysa, aqueles “oceanos não pacíficos” em seus olhos. Foram 40 anos de intensidade, navegando por entre notas musicais e doses nunca calculadas de whisky e cigarros. A cantora das fossas homéricas e das dores de amores insuportáveis usou a melancolia para dizer ao mundo que estava viva. Embora tenha tentado o suicídio, a mulher forte de sentimentos frágeis explicava que foi este mundo, e não ela, que caiu. Maysa manteve-se sempre de pé. Enfrentou o marido que não a queria como cantora e a imprensa de boataria que insistia em julgá-la. Permitiu que todo tipo de sentimento a invadisse, e dentre eles, o que mais a perseguiu foi a tristeza.
“Bom dia tristeza
Que tarde tristeza
Você veio hoje me ver
Já estava ficando
Até meio triste
De estar tanto tempo
Longe de você”
Possessiva, passional, generosa, Maysa cantava como se todas as canções de amor fossem dela, todas as dores do mundo fossem suas. As mesmas dores que dividia com o público em um misto de entrega e procura. Sempre acompanhada por aquele sorriso de lado, mordendo os lábios como que para agarrar toda a poesia, toda a música que estivesse ao seu alcance. Música que estava mergulhada nela mesma. Há no canto de Maysa uma urgência, uma necessidade. Maysa precisa cantar. E nós precisamos ouvi-la. Não se recusa um convite para ouvir Maysa.
“Todos acham que eu falo demais
E que eu ando bebendo demais
Que essa vida agitada
Não serve pra nada
Andar por aí
Bar em bar, bar em bar”
Tudo em Maysa, o talento, a beleza, a angústia, é demais. Sua voz ressoava densa através de seus olhos caudalosos e do oceano não pacífico que foi sua vida. Os olhos fixos na platéia e o nariz em pé eram apenas duas das muitas marcas de uma cantora cheia de conflitos que não conseguia ter paz. Uma compositora que escreveu sua história através dos graves e agudos de rubi que enfeitavam seu mar vermelho. Maysa é Maysa é Maysa...esta chama que não vai passar, mar vermelho no oceano azul da música brasileira.
“Grande amor que não posso e não quero esconder
Vou vivendo esta vida, curtindo essa dor
Eu só quero que um dia tu possas saber
O que é o amor”
A voz caudalosa de Maysa, aqueles “oceanos não pacíficos” em seus olhos. Foram 40 anos de intensidade, navegando por entre notas musicais e doses nunca calculadas de whisky e cigarros. A cantora das fossas homéricas e das dores de amores insuportáveis usou a melancolia para dizer ao mundo que estava viva. Embora tenha tentado o suicídio, a mulher forte de sentimentos frágeis explicava que foi este mundo, e não ela, que caiu. Maysa manteve-se sempre de pé. Enfrentou o marido que não a queria como cantora e a imprensa de boataria que insistia em julgá-la. Permitiu que todo tipo de sentimento a invadisse, e dentre eles, o que mais a perseguiu foi a tristeza.
“Bom dia tristeza
Que tarde tristeza
Você veio hoje me ver
Já estava ficando
Até meio triste
De estar tanto tempo
Longe de você”
Possessiva, passional, generosa, Maysa cantava como se todas as canções de amor fossem dela, todas as dores do mundo fossem suas. As mesmas dores que dividia com o público em um misto de entrega e procura. Sempre acompanhada por aquele sorriso de lado, mordendo os lábios como que para agarrar toda a poesia, toda a música que estivesse ao seu alcance. Música que estava mergulhada nela mesma. Há no canto de Maysa uma urgência, uma necessidade. Maysa precisa cantar. E nós precisamos ouvi-la. Não se recusa um convite para ouvir Maysa.
“Todos acham que eu falo demais
E que eu ando bebendo demais
Que essa vida agitada
Não serve pra nada
Andar por aí
Bar em bar, bar em bar”
Tudo em Maysa, o talento, a beleza, a angústia, é demais. Sua voz ressoava densa através de seus olhos caudalosos e do oceano não pacífico que foi sua vida. Os olhos fixos na platéia e o nariz em pé eram apenas duas das muitas marcas de uma cantora cheia de conflitos que não conseguia ter paz. Uma compositora que escreveu sua história através dos graves e agudos de rubi que enfeitavam seu mar vermelho. Maysa é Maysa é Maysa...esta chama que não vai passar, mar vermelho no oceano azul da música brasileira.
“Grande amor que não posso e não quero esconder
Vou vivendo esta vida, curtindo essa dor
Eu só quero que um dia tu possas saber
O que é o amor”
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